sábado, 29 de agosto de 2009
As garça, dá meia volta e senta na beira da praia.
E o cuitelinho não gosta,
Que o botão de rosa caia ai ai.
A tua saudade corta como aço de navaia.
O coração fica aflito, bate uma, a outra faia.
E os zóio se enche d´água,
Que até a vista de atrapaia ai ai.
Cuitelinho
Nara Leão
Composição: Paulo Vanzolini / Antônio Xandó
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
We are golden Mirwais Remix
baixe aqui com vontade: http://www.mediafire.com/?tvgjmn2uqzj
vídeo lindo!
olha o que eu fiz ontem
domingo, 23 de agosto de 2009
devore
gagaga
Blue Monday . Vandalism remix
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
blá.
Outra coisa. engraçada é perceber que dentro dos ônibus se fala um dialeto. "ô motô, dá uma moral aê!" alguém já te deu uma moral hoje? dar uma moral é ser gentil, brasileiramente falando. em uma hora, ouvi uns 20 dá uma moral. Então entenda: em Minas atualmente não se fala "uai sô" e sim "Dá uma moral aê!".
Saí de casa correndo, depois de ter feito 2 gravuras, e digitalizado um monte de imagens e também notei que no bus haviam muitos, mas muito idosos. eu sempre acho que quando todos estão aglomerados indo pra algum lugar é pra receber algum pagamento da Previdência Social. Só sei que talvez por influência ( negativa ) dos filmes Nina e outros de David Lynch, hoje tenho um certo pânico quando estou cercado de muitos idosos. muitos falarão que é preconceito, mas não é. é um certo medo de esbarrar, pisar no pé, machucar. a fragilidade física deles me deixa um tanto nervoso, da mesma forma que tenho pânico de ficar perto de mulheres grávidas.
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Bom, sobre a nova música da Madonna. Era o que eu esperava: morna, sem sal, previsível. não é ruim, mas também longe de ser ótima, ser hit. Já fui fã incondicional dela, como MUITOS ainda são hoje. Agora sou um admirador de toda a obra de Madonna e não tenho receio de dizer o que acho. Celebration foi produzida pelo Paul Oakenfold, um dj-produtor venerado nas pistas gays, sim, me refiro às pistas onde toca Tribal House, barbies dançam sem camisa, tudo isso. Não é o som que me inspira, nem que gosto, portando soará mais agradável pra quem aprecia esse tipo de sonoridade e ambiente. Os vocais de Madonna, sim, estão muito bons, mas é irritante essa Madonna querer insistir numa festa que nunca acaba. Até porque é difícil acreditar nessa celebração tão espontânea e feliz que Madonna canta. não cola, não convence. Desde o fim da era Confessions e Hard Candy Madonna não me desce. a embalagem Madonna por si só não é suficiente para me causar aquele soco químico de Music, Vogue, Express Yourself. Ela se esforça, malha, sua, testa os limites do seu corpo pra continuar sustentando o mito Madonna, mas a concorrência com as cantoras mais novas está aí forte, evidente. Madonna não perdeu seu valor. é a lenda viva do pop. é o pop vivo, mas meio de férias talvez.
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
faxinas
por isso amo
tradução:
Jornalista: Em seus vídeos há uma puxada muito para o sexual. A sexualidade é muito importante para o seu trabalho?
GaGa: É importante para mim como é para você. Sexo não é importante para todos?
Jornalista: O problema é: Você tem medo que… err… tendo tanta referência referência sexual, a música passe a ser esquecida?
GaGa: Eu não estou com medo, você está?
Jornalista: Não... hehehehe
[poker face de GaGa hahaha] GaGa: Eu não estou com medo
[mais poker face] Jornalista: Você não está preocupada err... apenas... err... focar as referências sexuais não seja suficiente para se preocupar com a música?
GaGa: Não... [poker face] Nem um pouco. Eu tenho três sucessos em primeiro lugar, e vendi milhões de álbuns por todo o mundo
Jornalista: Qual é a coisa que mais te orgulha até agora?
GaGa: A comunidade gay
Jornalista: Oh... uau... por quê?
Gaga: Por que eu os amo tanto. Por que eles não me fazem perguntas como esta.
Jornalista: hehehe...
GaGa: Por que eles amam o sexual, uma mulher forte que fale o que eles pensam. Veja: Se eu fosse um cara e estivesse sentado aqui com um cigarro na mão, coçando o saco e falando sobre como eu faço música, porque amo carros velozes e foder garotas... você me chamaria de estrela do rock. Mas quando eu faço em minhas música e em meus vídeos, porque sou uma mulher, porque faço música pop, você é julga e diz que é... hã... distrativo. Eu sou apenas uma estrela do Rock.
[como se não fosse suficiente...]
Jornalista: Você é defensora dos direitos femininos?
GaGa: Não sou uma feminista. Eu idolatro o homem, amo o homem. Eu celebro a cultura masculina americana: Cerveja e bares e carros turbinados, mas não foi o que você me perguntou, você me perguntou se minha música era distraída pela minha sexualidade. Não é.
sábado, 15 de agosto de 2009
Vem comigo
Josué,
Assim era o Ursinho Pooh Original
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
Dez verbos para Sophie Calle
por Paula Alzugaray, Istoé
A vida artística de Sophie Calle sempre foi mediada por ações reincidentes. Selecionamos dez dessas ações para ela comentar. À lista, Sophie acrescentou, no final, mais uma palavra.
Listar
Faço isso como uma maneira seca de colocar as emoções; um modo de tomar distância em relação aos fatos.
Documentar
Não sou documentarista. Documento as regras dos jogos que organizo com um propósito mais poético que jornalístico.
Ficcionalizar
Não invento histórias. Mas as histórias são sempre fictícias. Se escolho uma palavra no lugar de outra, já estou fazendo ficção.
Roteirizar (a própria vida)
Escolho um sujeito completamente arbitrário. Um homem para perseguir. Esse homem não significa nada para mim, mas ele se torna uma obsessão graças à regra do meu jogo. Quando o jogo acaba, ele está fora da minha vida. As regras são uma forma de criar emoção com controle. Em minha vida normal, não tenho esse controle.
Fotografar
Na minha primeira foto eu não vi o que fotografei. Quando estava vivendo na Califórnia, fotografei uma tumba num cemitério, onde estava escrito: “irmão, irmã”. Só me dei conta disso quando voltei à Paris e revelei a foto. Vinte anos depois, voltei ao cemitério e me dei conta de que as tumbas não continham nomes, mas vínculos familiares: “pai, mãe”; “mãe, filha”; irmão, irmã”.
Observar e ser observada
Isso foi há 30 anos atrás. Eu não persigo alguém para observá-lo desde 1979.
Vagar
Comecei a seguir pessoas porque estava perdida, não sabia para onde ir, não tinha desejo nenhum. Pensei que seguindo pessoas descobriria novos lugares. Tomei gosto por não ter de decidir nada, por deixar as pessoas decidirem por mim. Essa foi uma forma de conhecer Paris novamente.
Citar
Eu faço citações? Também não presto atenção a citações ao meu trabalho.
Colaborar
Em “Cuide de você”, quis que outras mulheres respondessem à carta por mim. Minha resposta seria a soma, o acúmulo de todas essas respostas.
Arquivar
Eu arquivo tudo. Guardo tudo, a princípio, porque tenho uma ausência patológica de memória. Leio um livro cinco vezes, fecho o livro e não me lembro o nome do personagem. Sempre fui assim, desde a escola. Arquivo tudo para me lembrar.
Ausência
A palavra que eu diria que mais fala sobre o que eu faço é “ausência”. Eu adicionaria essa palavra à minha lista. Mas não posso dizer nada sobre a ausência.
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
pra quem gosta de criar
Aos interessados, a data limite para entrega do cartaz é dia 25 de agosto.
Clique aqui e confira o edital.
terça-feira, 11 de agosto de 2009
If you doubt yourself, wear something else
shine
Quando olhamos para as estrelas do céu nos encantamos com seu brilho de milhões de anos atrás, mas que só chegaram agora até nossos olhos. Em um único instante temos passado, presente e o futuro que projetamos em nossos sonhos com o cosmos. Entre a luz das constelações e nossa vontade de desbravar o infinito existe uma fenda, onde nossa imaginação e insatisfação com nossa banalidade criam portais. Para dentro, sempre pra dentro.
a gente se compara, é óbvio
Me faço várias perguntas quando vejo os raríssimos colegas do colegial e ensino médio hoje em dia. Digo raríssimos pelo fato de que não reconheço a maioria, os nomes, ou mesmo a fisionomia. Não tenho nenhum amigo dessa época. Nenhum laço afetivo, nenhuma vontade de reaproximação (até fiz isso uma vez, achei vários contatos pelo Orkut, mas sem nenhum efeito real ).
É inevitável comparar minha vida como a deles. Como estão, quem casou, o que ele anda fazendo, quem tem filho, quem tem um emprego maravilhoso, quem está com a carreira feita, quem ficou doido, quem continua um porre. É um sentimento contraditório esse. Pois dá vontade de ter tanta coisa que eles têm, e outras não. Isso se perpetuará, eu sei. Esse tipo de pensamento anda me perseguindo ultimamente. Eu tenho certeza que é porque estou me sentindo muito, mas muito insuficiente comigo mesmo. Em quase todos os sentidos. Analisando friamente, após uma fase de desespero que ficou pra trás, vem agora a fase da irritabilidade e do sarcasmo. Da mesma forma que cada um sabe o que faz de melhor, também devemos saber o que somos péssimos, incapazes. Resta saber o que fazer com essas incapacidades. Uma única certeza: após preencher esse falta pouco, após pagar essa até então última dívida comigo e com alguns, virão outras e mais outras lacunas.. dizem que tem que ser assim.