sexta-feira, 2 de janeiro de 2009






Não sei se acredito nesse papo de Karma. Até porque creio que o meu tal Karma deve começar 3 meses antes do meu aniversário, nas tais November Rains. Realmente não sei, mas final de ano pra mim é sempre algo melancólico, triste, acompanhado de algum episódio desagradável e uma vontade desesperada de mudar e recomeçar alguma coisa, seja sentimental ou profissional.

Quem anda lendo esse blog sabe que tenho me sentido confuso e estagnado profissionalmente. não na área que trabalho, ( artes plásticas e ilustração ), mas sim nos empregos recentes, e na ( falta de ) logística das atividades que estou empregado. isso gera uma vontade de largar algumas coisas, de mudar de cidade, de repensar tudo. o que também acaba fazendo com que me esqueça das coisas que sempre fazia por prazer, coisas simples, coisas bobas até. como por exemplo, desenhar por pura e simples vontade.






sem se preocupar com conceitos, correntes estéticas pré determinadas, sem projeto expositivo ou acadêmico, sem intenção de “servir” .
Engana-se quem pensa que essa alegria de fazer algum trabalho artístico é algo constante no meu curso. pelo menos de minha parte, não. é meio complicado de explicar, mas seria assim: o processo de criação de um trabalho artístico dentro de um curso de arte, é sim prazeroso, mas nem sempre porque ele é voltado para um espaço onde essa arte é legitimada, o museu, a galeria, entre outros. não tenho uma visão cem por cento aprazível e romântica do meu curso de Arte, como vários colegas meus. angústia, medo, insegurança e desapontamentos podem e são freqüentemente parte desse processo, muitas vezes ingrato.



é uma arte compromissada com a própria arte e suas “molduras do espírito”. isso se torna tão presente e forte na sua vida, que me esqueço das horas que pego um caderno e faço coisas simplesmente por gostar, para passar o tempo, para me “divertir”. desenho bichinhos idiotas, homens desnudos,( esses especialmente são os que fazem mais sucesso atualmente ) monstros, coisas sem compromisso algum, e que sinceramente nem considero arte, ao meu ver. e nem precisa ser, ou é uma atividade menor por isso.

é uma vontade, que fico muito feliz por saber que não está morta, e que está voltando nesses dias e fazendo uma diferença enorme.
A partir desses momentos quase que desprentesiosos ( digo quase, porque se não estaria sendo hipócrita) que podem surgir milhões de idéias e direcionamentos para aquela arte “séria” que citei acima, e que também gosto de fazer, apesar de ser mais tensa e desafiadora. eu fico feliz e otimista quando sinto que estou voltando a fazer coisas assim, com uma vontade sincera e quase ingênua, infantil no sentido de experimentar, de fazer. talvez seja isso, o primeiro sinal que o tal Karma está chegando ao fim.

prometo colocar aqui novas imagens dessa safra.


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