quarta-feira, 20 de maio de 2009

É impossível passar os olhos por qualquer jornal, de qualquer dia,
mês ou ano, sem descobrir em todas as linhas os traços mais
pavorosos da perversidade humana [...] Qualquer jornal, da
primeira à última linha, nada mais é do que um tecido de horrores.
Guerras, crimes, roubos, linchamentos, torturas, as façanhas
malignas dos príncipes, das nações, de indivíduos particulares;
uma orgia de atrocidade universal. E é com este aperitivo
abominável que o homem civilizado rega o seu repasto matinal.
(BAUDELAIRE, 1860, apud SONTAG, 2003, p. 89-90).


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