Quero falar hoje de um duo francês, muito, mas muito bom, que tem feito minha cabeça, pra quem não conhece, é o JUSTICE.
O Justice começou a chamar a atenção com dois sucessos monstruosos: o remix de “Never be alone”, música da dupla Simian Mobile Disco (que foi rebatizada para "We are your friends") e “Waters of Nazareth”. Com a ajuda esperta do descoladíssimo selo Ed Banger Records, foram de primeira classe para as alturas dos círculos cool - de blogueiros a DJs, de revistas a fashionistas.
Diante de tanto burburinho, era grande a pressão em cima da dupla para esse primeiro disco, "†" (vamos usar "Cross", para facilitar a grafia). Comparações imediatas com o Daft Punk são inevitáveis: também são um duo, também são franceses e fazem uma mistureba eletrônica tendo a house music, ou mutações dela, como base de tudo.
Mas enquanto o Daft Punk é aquele robozinho alegre e gente boa que pede licença para entrar, o Justice é o ignorante que mete o pé e arromba a porta. Em "Cross", as melodias simples e ganchudas à la Daft estão presentes, mas o clima disco-happy bebeu doses e mais doses das distorções do electro.
Xavier de Rosnay e Gaspard Auge mostram muito peito ao abrirem o CD com o clima cemitério de "Genesis", que faz uma dobradinha irônica com "Let there be light". A onda funky cool transborda em "D.A.N.C.E", o primeiro single, de clipe espetacular e dedicada a Michael Jackson - a voz principal é de um menino de oito anos que canta repetidamente a sugestiva frase "Do the dance, do the dance".
"Stress" é a mais nervosa e tensa de todo o disco: beats claustrofóbicos para trilhas de filme de terror. "Waters of Nazareth" mostra o real poder de fogo da dupla: uma pancada na orelha de batida reta e um riff sujo, muito sujo, de deixar o louco que cola a cabeça na caixa de som surdo. Roquenrol até o osso.
Dessa maneira, o Justice, além de dar respaldo e credibilidade, também vira o chefe da nova geração de DJs e produtores da música eletrônica. [fonte: G1.globo.com]
São famosos pelo seu cenário, que consiste em uma grande cruz branca que brilha todo o show.
O duo francês começou por acaso ao entrar num concurso de remixes em 2003. A faixa "Never be Alone" do Simian (que mais tarde adicionaria Mobile Disco ao seu nome). Esse monstro de remix ganhou vida própria e é sucesso desde seu lançamento, o que colocou Gaspard Augé e Xavier de Rosnay num dos postos mais altos da cadeia alimentar.
No final de 2006, o Justice lança sua primeira música própria. "Waters of Nazareth", heavy metal revisitado por sintetizadores que mostrou como eles também eram craques na produção. O próximo single, "Phanton", já indicava qual era a música especial do futuro álbum. Escondido no lado B do vinil, uma prévia de apenas 20 segundos de "D.A.N.C.E.". E o falatório começou...
Quando finalmente foi lançada, no meio de maio, a faixa já era considerada clássica. Blogs, sites e revistas musicais coroavam o Justice como os sucessores, por direito, do trono do Daft Punk. Cantada por um coral composto por crianças londrinas, a dupla queria que a música fosse uma homenagem a Michael Jackson. Na letra, referências a diversas músicas da era de ouro da estrela, que incluem o Jackson 5 com "ABC", e as pérolas de sua carreira solo como "P.Y.T. (Pretty Young Thing)", "Black or White", "Working Day and Night" e "Whatever Happens". [fonte: http://taruira.blogger.com.br/ ]
O clima dark de filme de terror de baixo orçamento deles me fascina demais!
pra quem se interessou, o album Cross pode ser baixado aqui no Multiply: http://eloised.multiply.com/music/item/637