segunda-feira, 15 de julho de 2013



Meu professor de Jump foi a pessoa mais divertida, positiva e alegre que conheci esse ano. Sua alta energia é contagiante e não há como não entrar no seu embalo. Ele é um coroa interessante, deve ter seus 42..43..e eu acho que ficaria com ele sim, nessas quebradas da vida. Tem aquela beleza que eu gosto, não óbvia, é muito gentil e atencioso e tem uma really really hot ass. Quando estou pra baixo, gosto de ir pra sua aula e penso as coisas mais absurdas enquanto me derreto em suor. Gosto dele gritando bem alto o que fazer, gosto da seleção primorosa de músicas que ele faz pra aula. Me lembra as músicas que tocavam nas primeiras baladas que comecei a frequentar quando vim morar em BH. É uma grande festa, e tudo soa mais leve e divertido. Fico constrangido com suas mini aulas de salsa e forró no final do Jump pra relaxar e descontrair. Tenho dois pé esquerdos, tenho vergonha dessas danças mais complexas. Ele me pergunta sempre se faço algum tipo de Yoga ou algo do tipo, já que sento e fico quieto esperando a aula começar em posição de lótus, diria. Sou tímido e observo ele tirando onda com a cara das meninas que correspondem a uns 99% da aula. o resto são outros quatro alunos gays. Meu professor faz um gay bem caricato, quando descobriu que trabalho com artes visuais disse que além de ser professor de educação física também já trabalhou ou trabalha com teatro e artes (mostrou a decoração em papel de seda da festa junina da academia para exemplificar o tipo de arte que ele faz) .

Ele me diverte. Queria chegar aos 30 me sentindo bem melhor com meu corpo e sua aula faz isso parecer menos pesado, chato e inalcançável. Aos poucos eu notei que transformei essas aulas em pequenos refúgios. há dias em que entro em transe nessa academia pensando no futuro enquanto faço os exercícios. um transe, quase. não lembro de ter falado com ninguém ao invés do feliz professor. invejo seu carisma. Tenho dançado pouco com o passar dos anos, mas gosto de dançar (disfarçadamente) na sua aula, enquanto penso no que farei depois dali. Também tenho pensado muito na velhice, e no tipo de senhor que vislumbro ser. Será que é muito tarde pra querer aprender uma nova dança? 

Um comentário:

Anônimo disse...

sua forma de ver o mundo é interessante...
( o destino não nos cruza... isso é uma pena!)...