João Paulo Tiago: Milky Way from Joapa on Vimeo.
Ou o que eu enxergava do fundo do poço
vídeo instalação, 2013.
quarta-feira, 30 de janeiro de 2013
terça-feira, 29 de janeiro de 2013
A HISTÓRIA MAIS TRISTE DO MUNDO
Não importa quais circunstâncias duas pessoas se separam. não importa os motivos. não importa o tempo, não importa história, não importa quantas vezes foram ditas as palavras eu te amo. Haverá sempre um par de horas, as últimas. haverão sempre palavras que se repetem, as mesmas. E haverá sempre sangue sendo bombeado. pra dentro, pra fora, pra todos os lados. Todo fim de um relacionamento é como o vídeo abaixo, o vídeo mais triste e mais verdadeiro sobre essa hora que eu já conheci. Todo fim de relacionamento é a mesma coisa. só muda a quantidade de sangue derramado em cada história.
segunda-feira, 21 de janeiro de 2013
A hora da lagarta // la hora de la oruga
Então eu acordei naquele estado gostoso porém estranho e inexplicável de dormência. Daí me perguntei sobre a hora da lagarta. Se há a hora da estrela, há a hora da lagarta. Será que a lagarta sente um tipo de intuição, um insight, um alerta de que é hora de parar? Qual será aquele instante exato da sua curta vida em que ela se toca que é hora de parar de comer, buscar um cantinho fresco e seguro, longe da chuva e do sol escaldante pra se pendurar de cabeça pra baixo e dormir? Será que ela sempre sabia disso? Será que ela um dia acorda como eu, dormente - simplesmente sabendo que deve fazer aquilo, agora? O que será que acontece na mente e coração da lagarta quando o mistério do tempo é revelado pra ela? O que acontece nos últimos segundos da lagarta como lagarta, antes de virar borboleta? não, sei, mas sei que um dia ela acordou com essa ideia na cabeça. e daqui pra frente, só Deus sabe.
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Entonces me desperté en aquel estado hermoso, pero extraño y inexplicable de acalambramiento. Me pregunté sobre la hora de la oruga. Si existe la hora de la estrella, existe la hora de la oruga. ¿Será que la oruga siente un tipo de intuición, un insight, un alerta de que es la hora de parar? ¿Cuál será aquel instante exacto de su corta vida en que ella siente que es la hora de parar de comer, buscar un pequeño sitio fresco y seguro, lejos de la lluvia y del sol escaldante para permanecer cabeza abajo y dormir? ¿Será que ella siempre supo acerca de eso? ¿Será que ella algún día se despierta como yo, acalambrada - solamente sabiendo que debe hacer aquello, ahora? ¿Qué ocurre en la mente y corazón de la oruga cuando el misterio del tiempo es revelado a ella? ¿Qué ocurre en los últimos segundos de la oruga como oruga, antes de transformarse en mariposa? No sé, pero sé que un día ella se despierta con esta idea en la cabeza. y de ahí en adelante… solo Dios sabe.
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Entonces me desperté en aquel estado hermoso, pero extraño y inexplicable de acalambramiento. Me pregunté sobre la hora de la oruga. Si existe la hora de la estrella, existe la hora de la oruga. ¿Será que la oruga siente un tipo de intuición, un insight, un alerta de que es la hora de parar? ¿Cuál será aquel instante exacto de su corta vida en que ella siente que es la hora de parar de comer, buscar un pequeño sitio fresco y seguro, lejos de la lluvia y del sol escaldante para permanecer cabeza abajo y dormir? ¿Será que ella siempre supo acerca de eso? ¿Será que ella algún día se despierta como yo, acalambrada - solamente sabiendo que debe hacer aquello, ahora? ¿Qué ocurre en la mente y corazón de la oruga cuando el misterio del tiempo es revelado a ella? ¿Qué ocurre en los últimos segundos de la oruga como oruga, antes de transformarse en mariposa? No sé, pero sé que un día ella se despierta con esta idea en la cabeza. y de ahí en adelante… solo Dios sabe.
domingo, 6 de janeiro de 2013
sexta-feira, 4 de janeiro de 2013
O MONÓLOGO CÁRMICO DE SALOMÉ - SUSANA KAHLS
munida da autoridade da arte - e nada mais - venho através desta lhe pedir que PARE!
pare imdiatamente!
pare o que está fazendo.
se é que você sabe o que está fazendo.
construindo esta catástrofe, desde o início.
espelhando sua frustração de ontem num parceiro fotogênico de hoje.
isso não se faz.
melando nossa intenção com fluídos corporais em sua cueca de elástico personalizado.
demolindo nosso lirismo com uma ambição que mal cabe na sua estatura diminuta.
levando nossas obras para exibí-las em seu ‘matadouro’ de mármore no subúrbio.
abissal é a distância que separa um putinho carente de um de um gentil homem.
nosso virtuosismo não serve de antídoto para sua mediocridade.
somos imortais.
para tanto sensíveis a essa materialidade toda.
pare!
não fale de amor.
seu cérebro obtuso de tanto ver televisão não sabe o que é isso.
não fale de paixão.
ela só cabe a quem cria, não a quem mimetisa.
escreva e guarde seu texto raso.
mal uso de palavras é crime.
leve para um analista, junto com sua inaptidão para a clareza e pré-disposição para confundir.
contos de fadas não passam de vts institucionais de princesas maquiavélicas
e mimadas como afronta à supostas vilãs.
a fraude não conhece o romance.
o belo não existe onde mora o tédio.
seu espelho é opaco.
imprime um ar monstruoso em que ousa fitá-lo.
um mero toque em sua pele pode causar mais danos que todas as epidemias que assolam a terra.
e se algum dia alguém ousar o ‘fausto’ de lhe cuspir a cara, agradeça.
você merece!
terça-feira, 1 de janeiro de 2013
Caçada Bebel Gilberto
Não conheço seu nome ou paradeiro
Adivinho seu rastro e cheiro
Vou armado de dentes e coragem
Vou morder sua carne selvagem
Varo a noite sem cochilar, aflito
Amanheço imitando o seu grito
Me aproximo rondando a sua toca
E ao me ver você me provoca
Você canta a sua agonia louca
Água me borbulha na boca
Minha presa rugindo sua raça
Pernas se debatendo e o seu terror
Hoje é o dia da graça, hoje é o dia da caça e do caçador
Eu me espicho no espaço feito um gato
Pra pegar você, bicho do mato
Saciar a sua avidez mestiça
Que ao me ver se encolhe e me atiça
E num mesmo impulso me expulsa e abraça
Nossas peles grudando de suor
Hoje é o dia da graça, hoje é o dia da caça e do caçador
De tocaia fico a espreitar a fera
Logo dou-lhe o bote certeiro
Já conheço seu dorso de gazela
Cavalo brabo montado em pelo
Dominante, não se desembaraça
Ofegante, é dona do seu senhor
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