quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Roger Sanchez Another chance Original Music Video

I made you a Beard








Erin Dollar é uma garota assim como eu e você, que adora barbas e barbudos. E adora ficar barbuda também. Ela faz falsas barbas de lã e outros materiais que podem ser comprados através de seu blog que também oferece todo um rico material de outros artistas loucos por barbas em ilustras, cards, toys e outras coisas mil. Só que Erin não segue o mesmo estilo e não leva tão a sério seu amor por barbas e pêlos como o pessoal da tribo Bear, que sempre acaba caindo naquela leitura somente sexual e fetichista o tempo todo. É interessante notar seu olhar feminino e delicado ( sobre um mesmo tema ) através das suas opções estéticas. Referências de ilustradores meigos com um ar vintage e nostálgico, com um quê de inocente e lirismo. Achei divertido.

Confira: http://www.imadeyouabeard.com

manutenção




Sabe quando alguma objeto da sua casa sempre tá dando problema? Quando você tem que ficar levando pra assistência direto e sempre tem que ficar sondando e tomando mil cuidados pra não estragar, por serem cacarecos ultra delicados?

Notei que algumas relações são assim. sejam de trabalho, namoro, amizade e família. penso que quando a relação está sempre delicada e perigando apagar e sempre que uma das partes tem que se colocar como responsável pela manutenção e administração da mesma é porque não é mais viável como se apresenta. As relações tem que se auto gerenciar, espontaneamente. óbvio que sempre passíveis de reavaliação, questionamentos, atritos e falhas, mas de modo em geral, creio que quando é muito delicado sempre e por motivos pequenos, é porque não há futuro. futuro forte e sereno, digo. nenhuma relação por mais linda e gostosa que seja, não vale o preço do constante medo da possibilidade de sua perda e finitude.

Tudo acaba, é preciso aceitar, mas que acabe bem, ao menos.

cheguei


Oficialmente iniciando as atividades nesse cantinho. Como vocês estão? estão te tratando bem?
Quais as estratégias para um ano com mais sanidade física e mental? O que acontecerá com a sua coleção de corações partidos, novos, estragados, grandes, pequenos, moles, duros, em chamas, gelados? a A FAMA? onde que fica o amor e a arte? Quais as coisas que não tem mais graça? Seu ídolo agora te entedia?

A possibilidade e a idéia de pequenas revoluções e reviravoltas em todos esses micro e macro universos me excita.. e move. e espero muitas delas. assim como várias coisas pra mostrar e contar aqui. estava saudoso.

um ótimo ano para todos.

domingo, 2 de janeiro de 2011

MINHAS 10 MÚSICAS DE 2010

Não me lembro de ter visto um ano tão quente musicalmente como 2010. Nunca baixei tantos álbuns completos, nunca experimentei tanto novos sons e estilos como esse ano. Muita novidade, além de promessas de mais coisa boa dos artistas que já adoro. No climinha já de fim de ano, deixo uma difícil lista das músicas que mais me emocionaram, agitaram e marcarão para sempre esse ano tão absurdo e intenso como 2010. Algumas músicas não foram lançadas em 2010, mas não é problema. Essa é a minha soundtrack. Não foi fácil! Agora quero saber a lista de vocês! Obs. As músicas não estão em ordem de preferência e não têm NENHUMA pretensão de fazer uma análise jornalística, imparcial e técnica que soe como crítica musical !



1. JAMIROQUAI - White Knuckle Ride :

Foi uma das minhas mais recentes paixões, só agora em novembro que caí de cara no segundo single da banda de Acid Jazz britânica, para o álbum Rock Dust Light Star . Sempre tive uma relação bacana com tudo que o Jamiroquai faz. WKR é uma faixa absurdamente sensual, feliz, que te faz se sentir o Rei de qualquer pista de dança, cheia de laser, chão espelhado e muito neon. É difícil falar no Jay Kay sem mencionar algo sexual, pois tudo que ele faz é sexy! Seus vocais me deixam com vontade de inventar coreografias absurdas e sem noção de ridículas, mas sexy, sempre. Se você gosta de qualquer coisa relacionada à Disco, esse single é obrigatório! Groove até falar chega!



2. KELIS – Song for the Baby

Fleshtone foi um álbum que não vendeu muito bem. Kelis resolveu assumir de vez a ClubberDance Diva que parecia meio enrustida nela, e mostrou que além de fazer o seu ótimo pop R´nB, ela também flerta absurdamente bem com o electro e o house. Alguns se espantaram e estranharam ver uma até então urban bitch se transformando numa diva cheia de raio laser, glitter, papel de prata picado e muito, muito luxo e glam. Uma coisa meio Gwen Stefani, pós No Doubt! Claro que os gays amaram! De todos os hits deliciosos do álbum, a minha preferida é uma faixa que teria tudo pra ser a mais boring do álbum, música dedicada ao seu bebê! Se bem que Acapella também fala disso, mas é que geralmente quando cantoras pop fazem essas homenagens, sempre são faixas fofinhas, mas que estão ali só pelo fator afetivo maternal mesmo, fracas, mornas. Não é o caso de Song for The Baby. Vibrante, positiva, emocionante, sofisticada, brava, estivadora. Encorajadora. Além do ritmo e batidas deliciosíssimos pra qualquer pista, o que mais me toca é a letra. De otimismo diante das dores do mundo, de levar no coração a força e os valores do amor. De ser forte quando não estamos mais perto da pessoa que mais nos amou e protegeu: nossa mãe. Dificilmente não cai uma lágrima quando ouço Song for the Baby. Uma pena não virar single!




3. SIA – You´ve Changed

. single do lindíssimo We Are Born. Música de bater palminha, de dançar fazendo passinho. Não há muita coisa pra dizer além do quanto me sinto calmo com essa musica. Assim como tudo que a Sia faz. É impressionante como ela tem uma capacidade agradável de desenvolver suas composições, além do vocal de anjo, um anjo meio pirracento, mas um anjo lindo, loiro e australiano. Sua letra de um antigo amor que era meio tosquinho, chato e malvado que agora se tornou um partidão, um amor maduro é pura alegria e inspiração pra quem vai investir e se jogar nesse Love, o vídeo de tão colorido, com dobraduras, papel recortado, bonequinhos e crianças, é quase uma coisa Confissões de Adolescente, e por isso tão coerente. Sia é uma artista madura e consciente do seu trabalho, por isso se permite e pode brincar de ser menina moça de novo, e isso é para poucas que podem!



4. KE$HA – TAKE IT OFF

Se 2009 foi o ano de Gaga pro pop, 2010 foi o ano em que uma louca de cabelo sujo e ensebado, que se comporta como uma bêbada, com cara de tédio começou uma festinha com seus friends esquisitinhos e até então a festa tem durado e parece continuar por mais um tempo. De cara torci o nariz pra Ke$ha, de sua artificialidade, de sua limitação, de sua forçação, mas foi aí que vi que ela tem plena noção do que está fazendo, reconhece seus limites vocais e outros, que são compensados pelo auto tune, com muitas caras e bocas, e claro, MUITO glitter. Eu sempre penso que nenhum artista tem que ser artista, se ele não quiser. Se ele não se propõe a fazer algo serio, sofisticado, profundo. Não há essa obrigação. Mas é fundamental que ele saiba inventar uma história, uma brincadeira e fazer com as pessoas ( seu publico, seus fãs ) acreditem e entrem nessa brincadeira! Os hits consecutivos de Ke$ha mostraram isso muito bem. Tosca, desajeitada, forçada, ogra, boba, superficial, Ke$ha é tudo isso, e ela não está ligando pra você! Ela quer somente beber mais um pouco e chamar os freaks pra aprontar mais alguma! Me lembro de uma semi desconhecida Gaga também meio bêbada chamando todo mundo pra esquecer tudo e só dançar! Mais nada! Vamos fazer a mesma coisa e entrar na Ke$ha´s Party!




5. KATE PERRY – FIREWORK

Vivemos numa era do tédio, onde a antipatia assola, a preguiça domina e a indiferença, mau humor e a falta de ações políticas são vistos como atitudes hype e descoladas. Por esse motivo é até obvio que muitos, ( até mesmo gays ) vejam com um certo desprezo a onda de canções e vídeos anti-bullying que tomaram conta das paradas este ano, como Firework. A canção é uma delícia pop, com boa melodia e letra simples, mas simpática que cumpre sua digamos, função: colocar você pra cima, sendo alvo de bulliyng ou não. Os críticos argumentam que tudo não passa de jogada de marketing, de uma estratégia comercial de gravadoras que sabem do poder de consumo de material pop que os gays têm. Não deixa de ser uma verdade, mas afirmar que seja somente isso é um tanto cansativo e pedante. Quando se lança alguma música engajada, com mensagem, por mais clichê que ela seja, ainda é mais que bem vinda a intenção, pois ainda há muito o que se gritar e lutar por reconhecimento de direitos e respeito. Quando esse engajamento vem embalado como boa música de grande alcance e penetração nas massas, mais eficiente pode ser a mensagem, sem perder o foco, sem abrir mão dos lucros que esse material feito com qualidade traz. Pessoalmente não me dou bem com pessoas apolíticas nem com partidaristas radicais. Política não é somente panfletagem. Muitas vezes apenas dançar sorrindo sua música preferida na pista já é um ato político, e gritá-la para o mundo todo ouvir também. ( Embora as notas altas de Firework sejam demais pra própria Kate e pra mim! )



6. FANTASTIC PLASTIC MACHINE- HONOLULU CALCUTA

Essa faixa já beeem velhinha faz parte do incrível álbum Luxury. Já falei do Fantastic Plastic Machine aqui. Posso contar nos dedos de uma mão as pessoas que conheço pessoalmente que dividem minha apreciação por esse nobre da corte pop chamada Shibuya Kei. Honolulu Calcuta é uma melodia arrastada, meio pesada, meio leve, absolutamente etérea e passional que mostra a divagação e devaneios de 2 mulheres, alternando frases sussurradas em francês e inglês. A atmosfera metafísica e transcendental da viagem mental que nos submetemos no momento em que sentamos na poltrona da aeronave é simplesmente inspiradora e arrepiante, poucas vezes ouvi uma melodia em que a poética e esse sentimento de escapismo, medo, essa dualidade de realidades, fugas e sonhos fossem ilustradas com tanta habilidade e emoção. Uma viagem de avião, as escalas, distancias, a possível história de amor que se divide entre as cidades exóticas de Honolulu e Calcutá ( paraíso e caos ), as fronteiras em milhas, as fronteiras dos idiomas, a tradução do amor e dos sonhos em realidade, a ansiedade. Tudo é de um simbolismo tão forte e perturbador. A angústia de ir não saber o que encontrar quando chegar, quando voltar. A aeronave que carrega esperanças dentro, deixando os medos para trás. Não deixarei este mundo sem viver uma história de amor entre Honolulu..e Calcuta. É um deja vu. Psicodelia, cadência, escapismo, amor inventado. Eu acho que escreveram essa música pra mim, só pode!




7. LADY GAGA – TELEPHONE

Tentei me conter, tentei segurar a tietagem, tentei fazer uma lista abrangente, mas tenho que ser honesto com meus sentimentos! Como falar algo de Gaga que não tenha sido dito a exaustão? Como expressar o reconhecimento de um bom trabalho que fuja dos exageros dos fãs mais radicais? Como fazer com que entendam que um artista têm méritos excepcionais mesmo coexistindo com várias limitações? Como deixar claro pros xiitas ( me refiro aos xiitas haters e aos xiitas fanáticos ) que música não é religião, e que não existem rainhas, princesas e reis no pop? Enfim, seria falso deixar de lado a canção gagaísta que mais gostei, apesar de achá-la totalmente deslocada do conceito do seu EP The Fame Monster. Ok, todos sabemos que foi uma jogada espertíssima da gravadora ao fazer a dobradinha com Videophone. Telephone é dramática, tensinha e gostosa. O tipo de stress que rola o tempo todo em qualquer balada, em que decisões instantâneas causam rompimentos, mas que não podem estragar a noite perfeita. Não tenho muito a dizer sobre Telephone, é uma faixa que não chegou ainda a exaustão pra mim. Me acabei com as milhares de paródias e covers no YouTube, afinal o vídeo oficial dispensa qualquer comentário. Gaga pode não dar conta de segurar o rojão que lançou, embora eu acredite que conseguirá. Mas pelo tremor que já causou nesses dois anos e meio, é mais que justo ainda falarmos dela por um bom tempo. Afinal, os estragos foram enormes e até onde sei, incalculáveis.



8. SHAKIRA – LOCA

Dedico essa música a alguns de meus amigos. Somente isso, e isso é muito! Além do fato da música mostrar o que Shakirão sabe fazer de melhor ( remexer o popozão ) foi trilha de várias noites desajustadas, sem roteiro e com muita cerveja, suor e rebolado. Quando saiu Sale El Sol, lembro que havia uma vibe tão fresca e tropical nos nossos corações, como se fizéssemos de conta que a vida era um baile em Acapulco..ou Caribe, tanto faz. E que ela deveria ser vivida com muito ritmo, ou então você ficaria pra trás, descompassado e de fora da dança das cadeiras. Loca é um estilo de vida, Loca é a solução para quando a gente se leva a sério demais. Triste aquele que não tem amizades locas.




9. CHRISTINA AGUILERA – YOU LOST ME

Não sou dos mais fãs da Aguillera, mas essa foi a trilha da parte tensa e triste afetiva em vários momentos do ano em que terminei 2 namoros. É uma letra difícil de acompanhar pela veracidade dos sentimentos que Aguillera consegue berrar, dando o tom certo pra expressar a dor de perder e se sentir perdido de alguém que você amou. E não achar o caminho de volta, não ter mais cartas na manga e quando todas as tentativas já foram queimadas. É dor de cotovelo moderna, música pra chorar escondidinho na balada, lavar o rosto, abrir outra cerveja e voltar pra perto da sua turma na pista. You Lost Me é verídica, mas tente não ouvi-la por muito tempo. Gosto muito do tom que ela encontrou pra essa balada, e toda a melancolia que ela carrega. Uma pena que não tocou tanto quanto merecia.



10. RIHANNA – LOVE THE WAY YOU LIE

E de repente toda minha atenção se volta pra Rihanna, que definitivamente me conquistou, bem aos pouquinhos, sorrateira. Seu LOUD é incrível, com pencas de hits em potencial, mas sua parte 2 de Love the Way you Lie me pegou certeiro, pela harmonia que resultou com um dos meus calcanhares de Aquiles chamado Eminem ( pausa. ) A música assim como a anterior da Aguillera, é uma baladinha triste que fala de uma relação que não tem mais futuro e se vê em dor pela mistura de sentimentos ruins e bons que permaneceram, e você não sabe o que fazer e onde guardar esse tanto de sentir. Ou seja: a receita de 80% das baladas pop. Mas funciona, funciona tanto que preciso ir ali pegar uns lenços. Obrigado.