Ontem e hoje minhas narinas arderam com esse vento gelado que sopra em Belo Horizonte e me lembrei daquele outro vendo polar da Argentina. Lembrei também da luz e das cores que "o ar" daquela cidade tinha, lembrei da mão que me guiava por cada esquina, cada grande avenida, e de cada música que se tornaria tema a partir dali.
Quando lembro de tudo isso, meu coração se congela junto, sem a chama que o mantinha sempre quente e pulsando. me sinto parado diante de imagens do nosso próprio filme, assistindo e não sabendo se fico aqui revendo a glória de um passado de absoluta felicidade ou saio correndo, desesperado para não deixar a tristeza da nostalgia e o sentimento de ausência tomarem conta.
Ouço a trilha de Evita e invento histórias. Esqueci um pedaço da minha alma em algum lugar de Buenos Aires, como os anti monumentos que estão naquelas calçadas.
Eu queria respirar esse sopro de ar ( quente ) denovo.
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