No misticismo judaico, o Guf (do hebraico, corpo) é o Hall das Almas, localizado no Sétimo Céu, de onde toda alma humana é proveniente. De acordo com outras lendas que descrevem as almas como pássaros, o Guf às vezes é representado como uma casa de pássaros.
O folclore diz que os pardais podem ver a descida das almas e isto explicaria seu trinado alegre. O Talmud ensina que o Messias não virá até que o Guf esteja completamente vazio. O significado mítico do Guf é que cada pessoa é importante e tem um papel único que só ela pode cumprir.
Mesmo um recém-nascido torna o Messias mais próximo pelo simples fato de ter nascido. De acordo com essa mitologia, chegará o dia em que o Guf estará vazio, os pássaros pararão de cantar e uma criança nascerá morta, sem alma.
Este será o último sinal da chegada do final dos tempos. A idéia original que descreve o Guf como um corpo parece estar ligada à tradição de Adam Kadmon; o
humano primordial.
Um ser superior, andrógino, do tamanho do universo – a intenção original de Deus para a humanidade –, o Adam Kadmon pecou e quando isso aconteceu a humanidade foi demolida em carne e sangue, nas criaturas mortais e bipartidas que somos.
De acordo com a Cabala, cada alma humana é uma fragmento (ou fragmentos) da alma universal de Adam Kadmon. Ou seja, cada alma humana é proveniente do “guf” (corpo) de Adam Kadmon.
Fonte: Idéias Bizarras 33
Nenhum comentário:
Postar um comentário