Sabe, terminei 2 namoros em menos de 7 meses. 2010 não foi digamos, um ano de romantismo como 2009. Não sei o quanto de lamentação terá esse post. Não sei o quanto terá de orgulho, não sei nem se vou postá-lo.
É complicado tentar expressar o que sinto nessas altas horas da noite sem parecer tão carente e vítima do cupido cruel. mas talvez escrevendo possa visualizar melhor o que sinto.
O fato é que não seria justo dizer que não tive sorte no amor. aliás, que não tenho. Cada um desses amores me fez respirar mais ofegante, me deixou mais calmo, me fez ter vontade de ser um cara melhor, pra você, pra mim. Cada um desses amores tornou os domingos mais maravilhosos, cada um de vocês deixou a rotina menos insuportável. Sonhos foram criados, beijos, salivas, suores, peles, pêlos, segredos, lágrimas. é uma espécie de alquimia, cujo produto fabricado é amorfo e se encontrava guardado no espaço que ficava entre a gente, quando dormíamos abraçados. Se eu senti tudo isso com você, com você e com você, então talvez sentirei com outro algum dia, se tiver de sentir, se quiser sentir. Queria que fosse com você, com você e com você, mas infelizmente não foi.
Não deram certo. alguém pisou na bola, e ninguém se fala mais. é triste, é lamentável. todos foram honestos de alguma forma e pagaram por isso. acho que todo mundo sai perdendo, mas prefiro e só posso falar da minha parte. Eu saí perdendo, eu sei. Ainda mais em momentos quando você está mais frágil, e sente essa vontade de abraçar, de ter toda aquela alquimia. é o preço que se paga. é aqui, nesse momento muito delicado que chego no ponto da questão: amor e carência. vontade e necessidade. acompanhar ou preecher o vazio.
Eu quis espaço, quis isolamento, não tive paciência. não quis mais daquela forma. À primeira vista eu poderia dizer que estou arrependido, mas eu não estou. Eu me sinto atordoado, quando você faz o que deveria ter feito. Não faço aquele jogo idiota de aparências pra tentar expressar uma sentimento de orgulho, mártir. simplesmente na vida, decisões são escolhas..
Se eu me sinto sozinho agora, ontem eu me sentia sufocado. amanhã não sei como posso me sentir, então não há como jogar essa responsabilidade do meu equilíbrio emocional em outro cara. há uma vontade irresistível de compartilhar, de colo, de todos aqueles sentimentos de Feto, de querer ser cuidado, quando se está cansado de lutar, quando brincar de ser gente grande cansa; Daí me pergunto, onde que entra o amor? isso é amor? Qual é a responsabilidade do amor?
É bem triste você rever fotos, olhar pra trás e ver tanta beleza naquilo que viveu a dois. e hoje não é mais nada. cada um pro seu lado, excluído e bloqueado das redes sociais. entendam que estou tentando achar um ponto de equilíbrio entre a total lucidez e melancolia dos fatos. que coexistem, que tentam ditar regras na minha (in) sanidade. é assim que minha mente funciona. Eu não sei se o que sinto é saudade. Eu sei que não é arrependimento. mas também sei que não é orgulho. é um lugar amorfo. com coisas pra serem jogadas fora, e carente por coisas novas.
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