Agradeço todos os votos de melhoras que recebi nos últimos dias. nem tive nada grave, foi uma indisposição misturada com sintomas de gripe e dores musculares. dizem que é imunidade que abaixa, por causa do stress, tempos modernos. já estou bem melhor! :) ficamos tensos com tanta coisa, esquecemos de cuidar da gente, ainda mais quando moramos sozinhos, como eu. mas ganhei cuidados bem gostosos, e me cansei de ficar parado.
Ainda estou tendo dificuldade de organizar melhor meu tempo, de parar de adiar ações e planejar minha vida financeira, profissional, tudo. não só planejar, como seguir, mas as vezes observo pequenos avanços. Essa semana saio definitivamente da agência que comentei aqui, sei que vou correr muitos riscos e poderei sofrer com o tamanho da decisão, passar aperto na metrópole, achar uma nova rotina. ( tudo isso eu já passei, mas ninguém quer passar denovo ), mas a vida requer escolhas, e entre trabalhar enfarado e completamente desestimulado e arriscar o novo, que venha o novo. a partir desse fim de semana sou um hippie das artes gráficas. rs
Fora isso, acho que as coisas estão indo ok. tirando o fato de sentir muita falta de um espaço maior, pra usar como atelier. acho que vou começar a procurar isso mais seriamente também.
Bom, outra coisa é que me intimei a voltar a consumir semanalmente uma boa dose de filmes, que sempre me atraíram, mas nunca criei coragem pra ver. não sei explicar, mas eu tenho uma preguiça absurda de ir atrás de filme, por mais que eu ame cinema. mas estou beeem longe de ser um cinéfilo, perco filmes maravilhosos em 3D como Coraline, por pura preguiça de ir ao cinema. parece presunçoso dizer, mas também não tenho em geral paciência pra sentar e ver um filme, por iniciativa própria. as ondas frequentes de hiperatividade e tensão não permitem, mas agora tô conseguindo. assisti 2 filmes esse fim de semana que recomendo:
o primeiro é o famoso anime de Metropolis, versão do studio MadHouse, que apesar do começo confuso, é lindo. havia me esquecido do quanto as animações do Madhouse eram sombrias e barrocas. ( voltei a assistir bons animes, estava com saudade )
O outro foi Hiroshima Meu Amor. ( Alan Resnais, França - Japão, 59 ) lindo. lindo. e tão coerente, sobre memória, amores passados, presentes e futuros. sobre apegos, sobre lugares da memória e memórias dos lugares. Fora que as paisagens de uma Hiroshima recém reconstruída são emocionantes. amei este filme.
" Filosofar é aprender a morrer", escreveu Platão. Desde os seus primórdios, a filosofia se mostrou especialmente interessada em pensar a morte, o que culminou não apenas em distintas idéias da morte, mas também na determinação de diversos significados para a palavra.
... Os corpos de dois amantes entrelaçados na cama vão adquirindo múltiplas texturas à medida que suas vozes em Off discutem se a mulher, uma atriz francesa de passagem por Hiroshima, cidade natal do arquiteto japonês que conhecera na véspera, teria mesmo visto "Hiroshima", teria mesmo sido capaz de fazer a experiência indicada por esse topônimo depois que a bomba atômica matou duzentas mil pessoas em nove segundos. Essa contundente cena de abertura é o fio condutor de um filme que, entre o documentário e a ficção, o cinema e a literatura, a matéria e a memória, discute aquilo de que somos feitos. A precária unidade do eu, como nos indica Resnais, depende fundamentalmente dos nossos modos, sempre singulares, de lembrar, esquecer, amar e morrer.
A História da Filosofia em 4o filmes, catálogo Caixa Cultural. 2009
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