Desde que eu me entendo por gente, eu sei que o meu maior medo e trauma é esperar. é evidente que nenhum ser humano gosta de esperar, uns são mais tolerantes com a espera, outros menos. e eu não tenho, que eu me lembre - nenhuma causa realmente forte que possa ter causado esse trauma. vejo a vida se arrastando, e eu perco o ar, a fome, a paz quando os ponteiros do relógio parecem virar pedra, que se move lentamente, com atrito.
Eu, novamente estou aqui te esperando. esperando você se expressar. esperando uma reação, qualquer que seja. nem que fosse apenas um "não me espere mais". Já tive prazer e emoção de te esperar tantas vezes. te esperei me arrumando, passando perfume e fazendo o topete, pra vc se impressionar quando chegasse. Te esperei deitado enquanto você escovava os dentes pra vir dormir comigo. Te esperei tantas vezes, nos primórdios sem esperar.
Te esperei por dias, semanas, meses. nesse momento, eu me sinto meio em coma, olhando aquela linha verde oscilar.
eu não posso me dar mais ao luxo de ter dúvidas. não sei andar nesse escuro, preciso enxergar para seguir em frente.
sábado, 22 de maio de 2010
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Um comentário:
Parece até um dos meus escritos! rs. Não sei bem a lógica, nem acho que serve de consolo, mas suas palavras me recordou o poema abaixo!
Bilhete
Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...
(Mário Quintana)
Sábias palavras de uma amiga: "Uma hora a gente cansa de gostar de quem não gosta da gente e se permite a gostar de quem gosta de você!"
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