sexta-feira, 24 de julho de 2009

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Então, você me disse hoje cedo que não é bom levar a sério e ouvir o que as Divas gays tem a falar. Que qualquer mensagem vinda da chamada cultura gay é carregada de promiscuidade, afetação, breguice e drama sem necessidade. Resumindo, você disse que é cafona. Olha senhor, Você não me conhece tão bem assim pra afirmar isso. Você não sabe o que eu costumo absorver dessa cultura gay. e se a uso, é porque gosto e me indentifico em algo. Acho engraçado, que você e o restante da sua turma que se rotula de independente, rocker, indie, alternativo e o diabo a quatro, não percebem que seu estilinho também tem como pilar a fossa, o drama, a dor, a vida trágica e melancólica de seus rockstars desgraçados. Janis, coitada, tão citada. Não faz sentido esses julgamentos de valor e gosto, acho patético ter que me justificar se gosto ao mesmo de bate cabelo e de Rufus, de Tori Amos, de Bonde do Rolê, de Lady Gaga a Yoko Ono, de Secos e Molhados. pro inferno, vá pastar.
QUALQUER conjunto de práticas se estabelece como uma cultura. você é gay, não tem que gostar do que rotularam como cultura gay ( eu mesmo não gosto de MUITA coisa ), mas é patético ficar fazendo esses níveis de valor e legitimidade baseados nas playlists preferidas suas. acho infantil, acho um ranço nauseante, acho ridículo. estou muito irritado.
Saiba que toda forma de sentimento humano irá servir pra inspiração do que chamam de arte. Música, Poetas, todos se alimentam desse substrato chamado paixão, que o homem carrega nas costas todos os dias. Não se ache melhor que os outros, meu caro.
E divido com todos que aqui frequentam, com o maior orgulho e satisfação, uma das representantes mais incríveis e de peso dessa cultura gay patética que vc menciona. Kylie cantando The Crying Game. Sei que você irá rir e achar cafona e patético, mas tudo bem. O que você não sabe, é que também já ri muito de você. e por motivos bem parecidos.

Um comentário:

paulo raic disse...

i know all there´s to know abou the crying game... ; )