Quinta, meia noite.
Com insônia e dor de cabeça, fui ficando irritado com o cheio fortíssimo de algo queimando no ar. Fui até a área de serviço e vi fumaça subindo do segundo andar do meu prédio. ( moro no quarto ), daí na hora desci as escadas descalço, e chamei uns vizinhos que estavam voltando de uma pelada. Fomo até os fundos do prédio pra ver direito, aí apareceu síndica, interfona pro dono do ap que acorda, desliga a panela que estava derretendo no fogão. todos dormem aliviados, passa o cheiro forte. (lembro queisso aconteceu comigo uma vez tb. ) fim.
Sexta , meio dia e quarenta.
Tremendo, com náuseas, dormente e com o corpo todo mole de tanto passar raiva ao telefone com o SAC da Cemig, vou pra sede da empresa no Centro de BH pra ver a papelada de religação da luz por uma conta que o antigo morador esqueceu de pagar. Ela, uma das atendentes percebe que não estou me sentindo bem e talvez por medo de cair duro no chão por um colapso nervoso, ela me trata bem e carinhosa na voz como jamais fui atendido. me encaminha no telefone e consigo resolver tudo. uma menina com voz de 12 anos me pergunta:
" Você estuda na UFMG ? "
" sim. "
" Ah sim, hihihi, é que eu moro nessa rua também, ihihihihihi."
A atendente mais miguxa e meiga ever. fiquei ainda mais atordoado depois de passar a manhã falando os piores palavrões do mundo.
A moça que me recebeu me olha feliz, e eu sinto vontade de abraçá-la, de beijá-la. de deitar com ela no chão encerado da agência e ficar rindo atoa, contando bobagens. ela não faz nada além do que é obrigada a fazer para receber seu salário, ela não fez nada além do protocolo.
aí me pergunto se ando sensível demais pra essas coisas. se to muito fresco, ou realmente esses micro-milagres do dia a dia acontecem e mudam o jeito da gente pensar na maneira como estamos conduzindo a nossa vida.
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de noite
reencontro alguns colegas que entraram comigo e no curso e que vamos colar juntos neste sábado. sessão nostalgia absurda, que deve continuar nos próximos dias. :)
tem gente que não tem a mínima noção do bem que elas fazem aos outros, só pelo fato de existirem, de te acenarem na rua, de tomar um cafezinho com você. sem pieguice, sem forçação.
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