.
Me perguntam como estou. por ser um costume cotidiano de educação, as vezes me lembro que essa pergunta é muito mais profunda do que na realidade aparenta. Como você está, levando para um lado bem mais existencialista, soa como toda uma varredura, uma auto análise em que tento contabilizar o que anda acontecendo comigo, e o que tenho feito desses dias. óbvio que nínguem vai parar e agir dessa forma quando for abordado por um " oi, tudo bem, como vai você ?
EM 2002, tive uma profunda decepção amorosa, e me lembro que sem muito acesso aos escapismos como orkut e messenger da vida, uma das coisas que eu gostava era escrever uns poemas, dramáticos, tristes, e muito, muito cafonas. jamais teria coragem de mostrar pra alguém hoje em dia, mas na época tinham um "quê" de analgésicos. analgésicos aliás, é tudo que preciso, e anda correndo nas minhas veias, estou muito doente essa semana, com uma inflamação nas glândulas salivares, o que me deixa sem ãnimo e coragem de sair de casa, ( fora o rosto inchado..), por isso, que esses ímpetos de escrever, mesmo que bobagens, voltam.
Bom, não só Neosaldina e Paracetamol que eu preciso agora, mas uma boa dose de analgésico pra alma também. quem acompanha meu blog, ou meus amigos, sabem das reviravoltas que a vida da gente passa. Na verdade, nesse momento, me sinto devastado. acho que seria a melhor palavra para descrever esses estados. ao mesmo tempo um sentimento de profunda renúncia, e aceitação, distopias..distopias...
talvez por essa distopia, é que esteja relativamente calmo. letárgico.
fazendo toda essa varredura interna, relacionando essas crises profissionais, a saudade de casa, as tristezas do amor, e tantas outras problematizações, concluo que talvez destruir e acabar com tudo que tá mais ou menos, pra começar do zero, denovo, não é uma má idéia. e isso se reflete em todos aspectos da vida.
imagine uma tecla RESET.
_______
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Quase Cura
Três gotas de chuva escassa
Uma visão de pôr-do-sol
Um mirar de lua baixa
Esperança e paracetamol
-Isso me basta.
Postar um comentário