terça-feira, 28 de outubro de 2008

apocalipse

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Por ter nascido em Unaí, no nororeste de Minas, devia estar mais do que acostumado com o calor, pois na região do planalto central, no meio do cerrado, é comum atingir 40 graus várias vezes no ano. Lá quase não venta também, os habitantes têm o costume de não deixar árvores nas calçadas para que as raízes não "estraguem" o meio fio..ou seja: uma sauna o tempo todo.

e por mais que eu ache coisa de velha e chato falar do tempo, não tem como ignorar que a temperatura em Belo Horizonte está fora, muito fora do normal, ao ponto de não conseguir trabalhar direito..a lombeira no escritório, mais a náusea de ficar na academia, ( outra sauna ), está inviável levar o dia adiante.

aí vou na rua comprar duas casquinhas do McDonalds, e vejo uma turma grande até, do Greenpeace, panfletando, talvez cadastrando novos membros-simpatizantes, sei lá o quê. e fiquei pensando..
não adianta muita coisa da parte deles. Já estamos todos condenados à auto-aniquilação mesmo. talvez esse instinto destrutivo, seja algo legítimo da natureza humana. O clima já está todo perturbado, esse aquecimento global está aí escancarado, e sentimos na pele o preço desse conceito de evolução tecnológica.
enfim..a imagem do Greenpeace com seus coletes verde cáqui em pleno sol escaldante cada dia mais forte em BH não despertou em mim nada mais que uma ilustração utópica e parda para uma realidade irreversível. Cabe a nós sabermos como viver nessas ruínas modernas, desenvolvidas, antes do fim, de fato.



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