domingo, 16 de outubro de 2011


oh my baby, don't cry
oh my babe, just say goodbye
oh now baby, don't cry
oh my babe, at least we tried

at least we tried to make it
but in these days I'm so confused
oh my love, at least we had it
let me hold on to you

oh my baby, don't cry
oh my babe, just say goodbye
oh now baby, don't cry
oh my babe, at least we tried

at least we tried but we lost it
i will remember
how you stood there and you smiling
and you smile there with me

oh my baby, don't cry
oh my babe, just say goodbye
oh now baby, don't cry
oh my babe, at least we tried

oh my baby, don't cry
oh my babe, just say goodbye, say goodbye
oh now baby, don't cry
oh my babe, at least we tried, ohh
oh my baby, don't cry
oh my babe, just say goodbye
goodbye my baby, don't cry
oh my babe, at least we tried, whoa

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Biológico - é preciso um músculo para amar

Amanhã volto pra academia, seguir fichas, levantar halteres enferrujados, fazer alongamentos e caretas horrorosas, revezar aparelhos com pessoas simpáticas, destestáveis, lindas, ou pedantes. Na academia eu exerço também meu olhar pseudo analista pros tipos, fenótipos e personas que convivem ali ao som de axé, psy trance ou hits da Jovem Pan. Há momentos divertidos, não posso negar.

Sempre que terminamos um relacionamento, no meio de toda a tristeza e vazio que acompanham esse período, temos esses picos e impulsos de querer superar imediatamente alguma parte do momento, nem que seja a própria imagem, e essa imagem que a gente tem de nós mesmos quase sempre é a primeira em que pensamos transformar. funciona como um ato de criação. Ficar em forma, perder peso, sumir a barriga, parecer sexy em uma roupa, valorizar suas formas, ganhar elogios, atrair, chamar atenção, acasalar, rituais. é sempre o mesmo impulso, a mesma melancolia, as mesmas tentativas, o mesmo esforço gasto, o mesmo tempo e dinheiro investido. mostrar ao mundo que você não está na pior. ( acreditando nisso ou não ).

Li uma vez em um blog algo muito interessante. "não exija dos outros o que você não pode oferecer". é a mais pura verdade. quando se fala em recomeçar processos, ritmos, não será da sua tal beleza interior, pura e simplesmente que a transformação acontecerá. toda revolução ou renascimento tem um processo estético intrínseco. Mas isso é outro assunto.

Eu sei que vendo, cobiçando, e pensando em músculos, me lembrei dessa música da M.I.A. que eu amo demais. e que cai tão bem nessa fase tão estranha. já que acreditamos que são os músculos que movem, que bombeiam, que dão forma ao corpo, que aproximam os corpos, tudo talvez faça um pouco mais de sentido. um coração, um bíceps, nos ensinaram que um simboliza o amor e a vida, o outro simboliza virilidade, força, testosterona. será que não é tudo a mesma coisa?

o coração é um músculo como o outro? Quando malhamos o corpo, os músculos ficam "lesados" e hipertrofiam, se tornam fortes. Quando malhamos nosso coração, submetendo ele às mais fortes emoções, provas, e testes, parece que ocorre o contrário. ele se atrofia, encolhe, fica do tamanho de uma cereja, de um morango. não deveria, já que também é um músculo, o filho da puta.

M.I.A. diz mais coisas com muito mais poesia do que eu. e a melodia é a coisa mais gostosa do mundo.

When everybody leaves you lonely, times are worse than sad
And the world is falling on your head
Just remember for all you know,
good or bad come what may
You're gonna live tomorrow, if you don't die today.

It takes a muscle to fall in love
It takes a muscle to fall in love
It takes a muscle to fall in love

ouvir os outros

Dizem que saudade é um atestado. Dizem também que não há amor se não tiver dor. Dizem que que tudo sempre acaba. Dizem que um amor de verdade resiste ao tempo e vive para sempre. Dizem que amar não faz sentido. Dizem que o amor é algo que não dá pra descrever em palavras. Dizem que não devemos dar ouvidos à nada além do nosso coração. Dizem que a linha entre o amor e ódio é muito tênue. Dizem que devemos ocupar nossa cabeça e peito de novas coisas, aventuras, novos lugares, novas pessoas. Dizem que a gente tem que se esforçar pra esquecer. Dizem que que devemos trocar o amor pela antipatia. Dizem que devemos escrever tudo que já sentimos e guardar numa gaveta secreta pra reler tudo daqui vários e vários anos. Dizem que isso tudo é pra gente não esquecer o que fomos, pra gente entender o que nos constitui e o que pode ser sido nossa história.

road to love


Tudo soa tão diferente, tão novo e estranho. engatinhando, já reservei minha ida pra minha cidade natal, dia 21 de dezembro. não sei o que encontrarei, não sei como voltarei. são novas tramas de incertezas e frio na barriga dessa rede de incertezas que me cobre. Até que ponto vale a pena viver pelas incertezas? até que ponto elas podem tornar a vida mais surpreendente e absurda, mágica, linda? poderá a vida ser boa e desprovida de sentido?

o que verei? o que deixarei? o que levarei pra sempre? Quem irá comigo?



EU VOU SAMPLEÁ, EU VOU TE ROUBÁ




constatações de uma segunda feira nublada


Às vezes nos damos conta que as palavras são mais que palavras. são punhais afiados que prosseguem rasgando o tecido do silêncio e da incerteza. E muitas vezes saímos e vivemos com este punhal cravado na cabeça, nas costas, no peito, na garganta e não o sentimos diretamente, sem lembrar do choque, do impacto e violência silenciosa daquele momento em que o punhal foi cravado no nosso corpo, na nossa alma.

Entramos na padaria, tomamos café, compramos pão, passeamos na praça, pegamos o táxi, com aquela faca enfiada na sua carne, e somente você ainda não havia notado. até chegar o momento em que essas palavras-punhais começam a fazer eco, a reverberar. é nesse instante que o punhal é retirado.

Palavras somente nos pertencem até o momento em que elas permanecem guardadas em nossa boca. após ganharem o ar e o mundo, já não nos pertencem mais.

domingo, 2 de outubro de 2011

“Sometimes… My heart, sometimes, feels so black. In the dunes of sand. And other days, my heart feels like rainbows."